Toda
pele alva merece uma mordida. Ela tinha essa tara. Eu não quero dizer
com isso que o tesão pelas morenas era algo menor ou inexpressivo. Pelo
contrário. O seu colchão presenciou mais de uma vez o balé sinuoso de
curvas da cor de canela. Mas quando aquele corpo branco entrou no seu
campo de visão o sossego acabou. Perdeu semanas tentando encontrar uma
forma de transformar o esbarrão premeditado em chave de conquista.
Conseguiu. No espaço apertado um pequeno ventilador oferecia o máximo de
hospitalidade. O som alto abafou o primeiro gemido, mas não foi capaz
de deter os seguintes. Nem poderia. Quem já teve caninos cravados no
pescoço sabe a dor, o arrepio e a delícia de ser uma vítima do desejo.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
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Um comentário:
Rapaz, esse tal do Crepúsculo tá te fazendo mal... Um abraço do amigo ! já imaginastes esses caninos numa lata de Bohemia... abração e parabéns pelas letras vivas cheirando a morcego...
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