domingo, 11 de setembro de 2011

O expectorante


Eu não sei em que parte da jornada a ficha cai e finalmente temos a certeza de que encontramos alguém especial. Nas minhas andanças vi muitas fichas que jamais tocaram o chão. Mas na semana passada uma delas completou a sua trajetória. Ninguém saberá se aquele foi o seu primeiro voo. Acho que não. Pela devoção de suas palavras o amor já estava no peito daquele rapaz há algum tempo. Só não tinha coragem de dizer publicamente que estava apaixonado, de escrever nas redes sociais o quanto aquela mulher mudou a sua rotina de uma forma irreversível. Ele nem se deu conta, mas a cerveja começou a funcionar como um velho e eficiente expectorante. E entre um gole e outro confessou que era o homem mais feliz do mundo. Por trás da baía o sol encerrava o seu expediente. Pediu mais uma garrafa ao garçom. Era sábado. Dia de sorrisos imensuráveis.

2 comentários:

Janaína Carvalho disse...

Como se diz aqui na Bahia: "Rapaz!" Gostei demais!

Júlia Santiago disse...

Ai que lindo... :-)