sábado, 17 de setembro de 2011

Escancarados


Para os românticos um olhar já é suficiente. Os empíricos preferem submeter o tal sentimento a testes rigorosos de convivência. Os cautelosos apostam todas as suas fichas no tempo, pois ele tem o poder de revelar o que é casca e o que é recheio. Não sei dizer qual foi o método que eles utilizaram. Não importa. Vi o amor nas pequenas escolhas, no planejamento diário, nas responsabilidades compartilhadas, na fadiga após a batalha. Sim, eu estava lá quando ela deixou o pequeno em braços seguros e foi preparar o jantar. O vento que soprava na varanda trazia a alegria de outras moradas. A minha estava em ser tão bem acolhido, em ser testemunha de uma conquista coletiva. Já era madrugada quando abrimos a segunda garrafa de vinho. Naquela hora ninguém pensou em privacidade. Pelo contrário. Escancaramos janelas para a vida entrar.

7 comentários:

Lua Adversa disse...

Endereço soteropolitano? =)) Lindo lindo. Como sempre.

Janaína Carvalho disse...

Show, Panela! Você é mesmo o cara!
Tô aqui esperando o final da trilogia.... hahahahahahah

Uli... disse...

... Trilogia Baiana!! Heheh...

JOPZ_B1B disse...

Mutcho bão

Júlia Santiago disse...

A pessoa tem que ser muito sortuda mesmo para ter um amigo escritor, que não só transforma a vida em poesia, como transforma a vida dela em poesia....
Assim a vida fica ainda mais bonita. Beijo no olho.

Larissa C. disse...

Lindo, lindo!
Engraçado como cada um enxerga o amor de um jeito e o aproveita à sua maneira. No fundo, não são amores diferentes - são apenas outros contextos.

Bjus ;*

Larissa C. disse...

Respondendo sua pergunta: moro numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, Bicas. =]