sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O primeiro pedaço


Ela sempre ganhava o primeiro pedaço de bolo. Um ritual sagrado e previsível. Antes mesmo da faca cortar o recheio os amigos já sabiam o destino daquela fatia. O que eles não sabiam é que por trás daquele gesto existia uma história de perdas, ganhos e muito, muito, muito aprendizado. Soprou todas as velas. Não pediu grana, novas paixões, nem saúde de ferro. Apenas sussurrou numa frequência inaudível: Que o primeiro pedaço do meu bolo sempre encontre tuas mãos abertas. Se isso não for amor o que mais pode ser?

12 comentários:

LucéliaMaria.. disse...

"Que o primeiro sempre encontre tuas mãos..."
Tão importante isso.

:)

Sara disse...

Que sensível, Panelovisk!
E eu reforço:que esse amor encontre as dela e outras mãos para partilhar esse gostinho bom que tem a vida.

Bella disse...

Achei mais deliciosamente recheadas essas duas últimas frases que esse bolo aí da foto. Como vc diz: matou a pau!

Debora disse...

A gente sabe que é amor, meu bem! Mas é que te zuar na hora de cortar o bolo já faz parte da tradição. ;)

Anônimo disse...

Belíssimo texto!

Cleo Lima disse...

Marcelo, voltei a atualizar o blog... aparece lá!

Em tempo: Excelente, como sempre, o seu.

Anônimo disse...

Sempre encontrará. ;)

Anastácia Vaz disse...

Adorei! =)

"Apenas sussurrou numa frequência inaudível: Que o primeiro pedaço do meu bolo sempre encontre tuas mãos abertas."

Que amigos sensíveis assim, se aproximem sempre, e que eu consiga atingir essa delicadeza.

Nomundodalua disse...

boa pergunta..
e que bolo..! (não dá pra evitar)
texto curtinho recheado de sensibilidade!
:)

Luciana Luz disse...

Eu quero um pedaço desse bolo! heheheh
Beijos

NaNa Caê disse...

amor. puro amor
-q

Anne disse...

Belissimo texto, meu amigo! Delicioso e delicado.