Estávamos famintos. Sem tempo para cerimônias e regras de etiqueta. Dispensamos os talheres. Rasgamos a carne no dente. Deixamos hematomas. Nos devoramos em um banco infinitamente menor que o nosso apetite. Joguinhos são indicados para quem ainda tem tempo a perder. Não disponho mais desse luxo. Não mais. Naquele carro zíper e botões conheceram a velocidade da luz. Como se o mundo fosse acabar logo depois do último grito, do derradeiro gemido, do suspiro final, do nosso alegre, suado, pervertido e sorridente cansaço.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
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5 comentários:
Simples assim... E ninguém mais viu!
Uau!!
É ficção mesmo?!
Do que mais gosto é a escolha de palavras... "Naquele carro zíper e botões conheceram a velocidade da luz"... perfeito!!
Tsssss...
Voraz!
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