
Foto: Stephanie Rabemiafara
Cresci sem nenhum luxo. A minha primeira (e única) bicicleta nasceu da criatividade do meu tio. Ele teve a engenhosa ideia de montar a magrela juntando peças de outros modelos. Passamos horas e horas no quintal do meu avô, catando corrente, selim, pedais, aros, quadro e guidão. O protótipo ficou pronto no fim do dia. Um grande Frankenstein de ferro e borracha. Pesado, sem cor (e sem freio!) e muito maior do que eu. Mas nada daquilo me assustava. Queria domar o meu monstro, girar pela praça, explorar novas ruas, ganhar o mundo, desviar dos carros, comer poeira e, na medida do impossível, ultrapassar a BMX do meu vizinho.
5 comentários:
Melhor que isso, só passear por suas palavras, sem freios, sem medo da 'banguela'...
beijos, querido!
Ha ha ha...
Aff, você é fantástico.
Cuidado, que a gente as vezes se surpreende e o 'na medida do impossível' se torna possível a um fechar de olhos :)
Boa semana :*
é quando o simples e essencial ultrapassa o que todos (acham que) almejam
lindo o texto pricipalmente o título
mas as prosas por essência revelam demais
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