sábado, 6 de agosto de 2011

Iluminados

Ela avisou ao namorado: amor, hoje eu quero sair só. Deixou para trás o abraço preferido e foi ao encontro de outro homem. Não fazia isso com frequência, mas a saudade cria certas urgências que não podem ser negligenciadas. Poderia ter escolhido uma mesa recuada, sob a proteção das sombras, dos olhares curiosos, das línguas ferinas. Mas por que esconder um carinho que era explícito? A luz amarela da antiga luminária apenas reforçou (claramente) a felicidade dos dois. Naquela noite nada ficou em segundo plano. Tudo chegou ao mesmo tempo. O sorriso dela, a alegria dele, as bohemias, a chuva passageira e a promessa de que tudo aquilo iria se repetir.

Um comentário:

Uli... disse...

HUm... safadxinha!!