Diariamente o nosso olhar esbarra em retinas alheias. O perigo (ou seria sorte?) é quando ele cristaliza, quando entrega de bandeja nossas intenções a um estranho. Lembro bem quando ela chegou (acompanhada de mais três amigas) e pediu uma cerveja ao dono da birosca. A última garrafa estava na minha mão. Uma Nova Schin, quente e cobiçada. A negociação foi tensa, olho no olho, gota a gota. Eu, irredutível, ela, determinada. Talvez a Ribeira nunca tenha testemunhado um duelo por tão baixo valor (e teor). Mas nós dois sabíamos que dinheiro não era problema naquela madrugada. Só queríamos beber para expulsar os demônios. A espuma no copo selou o impasse. Deixou para trás um nome, um sobrenome e um muito obrigado. Confiei nela, na minha memória e nas ferramentas de busca. O rastro digital me levou a uma janela branca, com moldura azul. É de lá que eu recebo notícias e espero pacientemente por um novo encontro livre de barganhas.
4 comentários:
Larissa Mafra
disse...
Adorei, panelita. E eu continuo achando absuuurdo uma mulher ter que implorar por uma Nova Schin quente. E assim como vc, tb espero pelo próximo encontro livre de barganhas. bjo
4 comentários:
Adorei, panelita. E eu continuo achando absuuurdo uma mulher ter que implorar por uma Nova Schin quente. E assim como vc, tb espero pelo próximo encontro livre de barganhas. bjo
Uma cerveja, um contato. Um contato, um encontro. Um encontro, alguma coisa... Começa assim.
beijo
Qdo eu crescer quero escrever que nem vc!!! AMEI o texto!
Bjs
E olha que Nova Schin quente é o fim! Márr num tou dizendo...tsc tsc. Nesse caso, foi um começo.
Bjs
Postar um comentário