
- Vai, seu otário! Segura a mão dela e a conduz ao paraíso mais próximo.
O jeito doce da melhor amiga era o estímulo que faltava. Descolar da parede não foi fácil. Aliás, como alguém com pernas tão compridas demora tanto tempo para cruzar um percurso de aproximadamente cinco metros? Sem planos ou estratégias de vôo, o mais covarde dos kamikazes mergulhou para o seu momento de glória e ruína. Morreu às 2h35. Laudo da perícia: asfixia por beijos ininterruptos. Deixou como herança duas fichas de cerveja (Bohemia. Que fique bem claro!), um panfleto (sobre um festival de rock) e seis reais e quinze centavos. Alguns freqüentadores do bar riam da cena, caçoavam, se eles soubessem que levariam uma vida inteira procurando por algo assim...
Parte do texto foi inspirado no poema “Indivisíveis”, de Mário Quintana.
8 comentários:
Huum, o cenário me lembra o Choro. E eu, particularmente, amanheci o sábado com uma ficha de cerveja (Skol, que fique bem claro. Boehmia me dá ressaca). :)
Abraços, meu querido Panela!
Hummm...acho mesmo que foi ambientado no chorinho...rsrsrs
Belo texto, como sempre. :)
e as estratégias e planos todos servem pra quê no fim das contas, né? bom mesmo é se permitir (descolar da parede) e aproveitar as surpresas. tu anda é inspirado, hein? esse chorinho tá dando muito pano pra manga! hahaha
beijo
E no necrotério, entre tantos lençóis que escondem o que se quer evitar, pergunto ao procurar pelo amigo falecido: "Qual deles é ele, doutor?" e me responderia: "O com um leve sorriso nos lábios". ;)
Não sei se tô gostando dessa sua fase insistente nas crônicas "românticas"...apesar de ser legal...mas sinto falta de algo mais doído! risos...que coisa "Trash" esse meu comentário...
Ah...Só pra reafirmar...esse não é o inicio do fim....risos...é só cutucar onça com vara curta....kkkk
Delícia!
A idéia de um "paraíso mais próximo" certamete é o que de fato podemos esperar e eventualmente conseguir por estas bandas terrenas............................................... é isso aí!!!
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