quarta-feira, 20 de julho de 2011

Na ponta dos dedos

Acho engraçado o seu joelho nervoso, subindo e descendo freneticamente, enlouquecido, procurando acompanhar a velocidade das sinapses e o furor dos dedos sobre o teclado. Nunca entendi o motivo de tanta brutalidade. Acho que o “enter” de tanto apanhar virou masoquista. E o que é pior, as teclas “B”, “A”, “T”, “E” e "!" estão indo no mesmo caminho. Apesar de não concordar com esse açoite eu gosto do resultado final. Há dor e poesia nos seus textos, menina. É como se a página em branco reconhecesse e recompensasse o teu esforço barulhento e solitário. Porque só ela é capaz de suportar a agonia de tantos desejos estrangulados.

Um comentário:

Isabela Santos disse...

Lindooooooooooooooo! Obrigada por traduzir. *.*