terça-feira, 16 de setembro de 2008

Da série: resgatando anotações (parte III)

O abismo entre o que eu quero dizer e o que é interpretado do outro lado da tela assume proporções preocupantes. Sempre respeitei o triângulo amoroso entre o sujeito, o verbo e o complemento. Mas, ainda assim, o meu discurso passa rente. Desligue tudo, menina. Te encontro naquele mesmo bar. Quero te ver sorrindo com minhas teorias absurdas e o meu humor de improviso. Sem a companhia dessas malditas janelas para intermediar nossas intenções, tentações e digressões.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Da série: resgatando anotações (parte II)



Apenas ouviu o sussurro:

Você viu, menino? Quantas possibilidades?

Era a vida já saindo da sala escura, rindo e apontando para o palco. Enquanto ela sumia por trás da cortina vermelha ele ficou com cara de idiota, talvez por não acreditar tanto em si mesmo. Mas nem por isso deixou de sorrir. Era um sábado. Dia de alegria.